Você sabe o que fazer com pilhas e baterias que não utiliza mais? Só em São Paulo são descartadas cerca de 192 milhões de pilhas por ano, entre comuns e alcalinas. E dessa quantidade, grande parte ainda é jogada em lixo doméstico, trazendo riscos ao meio ambiente e à saúde da população. Há ainda outro problema: 40% das pilhas consumidas no Brasil são falsificadas e podem conter até sete vezes mais produtos químicos, irregulares.
Para entender melhor esse cenário e o que pode ser feito para melhorá-lo, os alunos do curso de Relações Internacionais da FMU realizaram uma pesquisa de campo que alertou a população acerca dos riscos de contaminação causada pelo descarte incorreto de pilhas e baterias. “Até o final da década de 90, o Brasil não tinha uma legislação para controlar os componentes químicos utilizados na fabricação desses materiais”, conta o Prof. Furriela, coordenador do curso e orientador do projeto.
Em 1999, foram aprovadas duas resoluções que tratam do tema. Desde então, as pilhas devem ser recicladas e seus componentes químicos reutilizados. O processo consiste na desmontagem, separação, classificação e, por fim, um procedimento químico para obtenção de sais e óxidos metálicos que são aproveitados em indústrias de cerâmica, refratários e de vidro. “O problema é que as pilhas e baterias descartadas em lixo doméstico não passam por esses processos, apenas aquelas descartadas em locais específicos para coleta”, ressalta Furriela.
A pesquisa dos alunos, que também contou com uma campanha de coleta e reciclagem, teve repercussão no boletim informativo da Drogaria São Paulo, distribuiu para mais de 200.000 clientes. “Hoje, uma boa alternativa para o descarte de pilhas e baterias usadas é a própria drogaria, que disponibiliza caixas apropriadas em todas as suas lojas”, conta o Professor.
Perigo à vista
Entenda quais os danos que os componentes das pilhas podem causar à saúde e porque o descarte correto é tão importante
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Página atualizada em 13/11/2008 às 14h22