O Complexo Educacional FMU enviou professores e alunos do curso de psicologia à Santa Catarina para atuar no atendimento de vítimas do estresse pós-traumático. O trabalho foi coordenado pelos professores Othon Vieira Neto e Cláudia Maria Sodré Vieira, que há mais de dez anos desenvolvem projetos de intervenção em situações de emergências.
Pelo menos um caso de estresse pós-traumático já foi registrado durante a tragédia que se abateu sobre o Estado catarinense. O aposentado José Gercino se jogou na frente de um caminhão no primeiro dia de dezembro, depois de perder seus bens na enchente. “Pesquisas internacionais indicam que entre 5% e 10% da população atingida por desastres naturais apresentam sintomas da doença por pelo menos um ano”, afirma Vieira Neto.
A intenção da equipe, formada também por ex-alunos, foi diagnosticar e tratar sintomas característicos de estresse pós-traumático, como ansiedade, dificuldades de sono, pesadelos, apatia, anedonia (dificuldade de sentir prazer), irritabilidade, sensação de fragilidade e vulnerabilidade, entre outros.
A viagem da equipe foi viabilizada por meio de uma parceria entre a FMU, que dispensou os docentes das últimas aulas do ano e forneceu a alimentação necessária, a Gol Linhas Aéreas, que cedeu às passagens, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que disponibilizou o transporte e a logística no Estado, e ao Moto Turismo Carpediem, que alojou a equipe.
De acordo com a psicóloga Cláudia Maria Sodré Vieira, traumas psicológicos decorrentes de atentado a vida ou grande perda de bens desestabilizam e podem aniquilar a estrutura social e afetiva das vítimas. “Valores, crenças e objetivos passam a ser questionados, com isso, torna-se muito mais difícil superar as perdas e encarar a desesperança sem ajuda profissional.”
Acompanhe a cobertura da imprensa ao trabalho desenvolvido por professores, alunos e ex-alunos da FMU em Santa Catarina.
Entrevista CBN
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Página atualizada em 09/12/2008 às 13h24